09 de janeiro dia de Frei Caetano de Messina


09 de Janeiro de 2013


Frei Caetano de Messina
Veloz como o VENTO, incansável como o próprio AMOR

I O POVO QUE ESTAVA NAS TREVAS VIU UMA LUZ.

Naquele tempo, 1853, 160 anos atrás, quandoFrei Caetano de Messina, como um facho de Luz, compadeceu-se do Povo molestado pela falta d’ água, pela falta de pão,, e luz e pela falta de cemitério para sepultar os seus entes queridos. Teve compaixão de um povo que, como falou Deus ao profeta Jonas, 4, 11, Não hei de ter compaixão de Nínive onde mais de cento e vinte mil seres humanos não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda!... Frei Caetano sentiu estremecer as entranhas do seu coração ao dar-se conta que Papacaça era o reino da violência, da desonestidade, Era o lugar das trevas. Os homens não conheciam outras armas a não serem, as armas do ódio, da vingança, do derramamento de sangue. Esta foi a realidade encontrada pelo nosso Frei Caetano de Messina.

A partir de então o seu projeto era fazer de Papacaça, Bom Conselho

Mas o que poderia fazer um frade franciscano, um missionário italiano, sem saber a língua do povo brasileiro e desarmado no meio de uma multidão armada?

Ele veio armado também e bem armado. Veio munido com as armas: o Evangelho, a cruz do Senhor, N. Sra. do Bom Conselho e o seu grande amor pelo povo sofrido do sertão nordestino. Trazia também consigo um grande sonho: Sonhava com um mundo diferente.

As pegadas missionárias de Frei Caetano de Messina não foram deixadas na areia, mas gravadas nos corações dos seus ouvintes. As intempéries do tempo nem as vicissitudes da vida fizeram apagar nesta trajetória de mais de duzentos anos de história. Ele, além, do dom de anunciar o evangelho a todos os povos, conforme o mandato do Senhor foi-lhe concedido o carisma de perpetuar suas intenções evangélicas através da fundação de uma família religiosa – A Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Bom Conselho. Com isto, Frei Caetano de Messina entra para a galeria de fundadores dos quais escreveu o Padre Fabio Ciardi: “Carismas dos Fundadores, Evangelho vivido ao longo dos séculos”

II CAPACAÇA - PAPACAÇA - BOM CONSELHO

No dia 5 de fevereiro, em meio a uma multidão, Frei Caetano de Messina entra na Vila de Papacaça, uma povoaçãozinha do interior de Pernambuco. No dia 7 de fevereiro, pela manhã faz sua primeira pregação. Na pregação do dia 11 de fevereiro pergunta ao povo “Queres tu, povo, dar vida nova às tuas filhas?” “Sim queremos”, respondeu o povo.

“Então vocês, por alguns dias me emprestem os próprios braços, vontade e dinheiro”.

Ao cabo de alguns dias de missão, o povo já consciente da própria realidade feito à deposição das armas, todos de mãos dadas, e, em mutirão ergueram o majestoso colégio, embrião e berço da Congregação. Nascia, pois, sob os auspícios da Virgem Mãe do Bom Conselho, num recanto aprazível no interior de Pernambuco – Papacaça, hoje cidade do Bom Conselho.

Dentre as jovens ouvintes das missões, quatro sentiram-se atraídas pela solicitude apostólica daquele missionário. São Tereza Teixeira Vilela, Natália Gomes Brasileiro, Isabel Gomes Brasileiro e Maria de Jesus Camello.

A experiência de Deus vivida por ele, como dom do Espírito chegou até elas como um irresistível chamado do Senhor e nada mais tiveram a fazer, a não ser, deixar tudo e se lançarem numa experiência profundamente nova e desafiadora.

Sentiu-se comovido ao constatar a miséria que assolava a população, crianças abandonadas, famílias desestruturadas. E aqui podemos dizer: Para que tivessem mais vida, os pobres e os pequenos através da educação e da humanização dos costumes foram tudo o que quis Frei Caetano de Messina como fundador. E assim aquelas quatro primeiras jovens, que chamava de mestras e as 18 alunas que deram início a esta Congregação destinada a educação. Jamais podemos perder de vista este ponto de partida.

No dia l° de março Frei Caetano escreve ao Bispo de Olinda e Recife, Dom João Marques da Purificação Perdigão, pedindo para mandar três Irmãs do Convento Nossa Senhora da Soledade de Goiana para orientarem as jovens iniciantes do Mosteiro de Nossa Senhora do Bom Conselho.

No dia 20 de abril o Colégio estava pronto e no dia 24 foi inaugurado. ( 2° de Pernambuco)

A Congregação nascera de uma participação de fé mediante a qual o missionário comunicou sua experiência aos outros. Recebeu o dom de ser, de fazer, de chamar e de unir. As primeiras Irmãs receberam o dom de responder e de congregar. As Irmãs que viriam depois, nós, recebemos o dom, a responsabilidade de continuar, de fazer crescer a herança deixada por ele, o que acontecerá sempre à medida que a Congregação conseguir presentificar, atualizar através de uma resposta transformadora, os anseios e necessidades da Igreja e do Povo de Deus.

Frei Caetano de Messina, antes de ser fundador, foi missionário franciscano capuchinho, formado e nutrido desde a mais tenra idade, na fonte franciscana, reproduzindo em sua vida o perfil do mestre de Assis: ser instrumento de Paz e Reconciliação.

A Congregação fundada por ele é o monumento vivo que testemunha a passagem, entre nós, desse homem de paz e de coragem, capaz de acreditar que aquele pequeno grupo de jovens levaria a frente seu projeto de amor ora nascente. Acreditou que Deus manifesta seu poder nos fracos. Sua confiança não foi em vão, pois a missão de educar deixada por ele como instrumento para expressar o dom de pacificar e reconciliar, continua presente nas mais diversas atividades assumidas pela Congregação.

O mundo, a sociedade, enfim, a pessoa humana, jamais estará saciada do insaciável desejo de paz, aquela paz que Cristo deixou. E nesta perspectiva, a postura das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Bom Conselho foi e será sempre a postura da não violência, da não dominação. Somente assim, enquanto existir um homem na face da terra, sedento de justiça, de amor e de paz, aí estará o ambiente, o espaço aberto onde se expressará o Carisma da Congregação, fundada por Frei Caetano de Messina, naquela tarde de abril de 1853.

Na tarde do dia 12 de junho chegam a papacaça as três Irmãs destinadas a orientar as jovens fundadoras da Congregação. No dia 13 de junho foi a solenidade de empossamento da nova comunidade.

No dia 3 de julho Frei Caetano despede-se do povo, das Irmãs e com seu cajado chapéu de palha, trajando da mesma maneira que tinha entrado em Papacaça. Com o Crucifixo abençoa o povo e retira-se.

A povoação de Papacaça deve ao infatigável Missionário todo seu bem - estar presente e grande parte de seu risonho futuro.

Foi o lugar onde ele mais empenhou o seu zelo apostólico e seu fervor religioso, onde forcejou a reabilitação do império e da morabilidade pública.

Foi nesta Missão em Papacaça que Frei Caetano compreendeu como Leibniz, que só pela educação cristã da infância e da juventude poderia atenuar tanta miséria.

Aqueles que me esclarecem terão a vida eterna. ( Eclo 24,31)

Com a edificação do Colégio, estava fundada a Congregação que teria como grande meta cuidar da educação porque o Fundador, quando inteirado dos problemas mais urgentes daquele lugar, constatada a miséria que assolava a população, crianças abandonadas, famílias desestruturadas.

Um outro sinal de que a educação era parte integrante do sonho do Frei Caetano de Messina, encontra-se no aconselhamento que fez ao jovem Carlos Spiridião, acadêmico de Direito em Recife / 1855 depois de dois anos de fundação, ao pedir orientação na escolha de uma padroeira para a faculdade: “ Convém perpetuar a devoção a Nossa Senhora do Bom Conselho e para uma casa de educação e instrução muito enobrecia a frase: “ Sedis Sapientium”. Sede da Sabedoria é Nossa Senhora do Bom Conselho. Porque nela, Jesus Cristo, o Grande Conselho, a verdadeira Sabedoria, fez sua morada.

Em 9 de novembro a 20 de abril de 1857.Retorna a Bom Conselho (missões, padroeira do colégio e concluir os trabalhos lá deixados.)

A missão deixada por ele foi a educação como instrumento para expressar o dom de participar e de reconciliar, confiada a Congregação é a missão de todos aqueles quer direta, quer indiretamente fazem parta desta Instituição.

  

A fidelidade na amizade


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Cultive as boas amizades

Uma amizade só é verdadeira se baseada na fidelidade

Não preciso falar aqui da importânica de cultivar as boas amizades para ser feliz. Milan Kundera diz que “toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos. Os amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contraído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão.”

A verdadeira amizade nos socorre quando menos esperamos! Podemos esquecer aquele com quem rimos muito, mas nunca nos esqueceremos daqueles com quem choramos. Os corações que as tristezas unem permanecem unidos para sempre.
Na prosperidade, os verdadeiros amigos esperam ser chamados; na adversidade, apresentam-se espontaneamente. A fortuna faz amigos. A desgraça prova se eles existem de fato. É preciso saber fazer e cultivar amizades. Isso depende de cada um de nós; antes de tudo, do nosso desprendimento e fidelidade ao outro. Para conquistar um amigo é preciso criar um “deserto” dentro de si, aceitando que o outro venha ocupá-lo.
Acolher o amigo é, em primeiro lugar, ouvi-lo. Alguns morrem sem nunca ter encontrado alguém que lhes tenha prestado a homenagem de calar-se totalmente para ouvi-los. São poucos os que sabem ouvir, porque poucos estão vazios de si mesmos, e o seu "eu" faz muito barulho. Se você souber ouvir, muitos virão lhe fazer confidências.
Muitas pessoas se queixam da falta de amigos, mas poucos se preocupam em realizar em si as qualidades próprias para conquistar amizades e conservá-las.
Se você quiser ser agradável às pessoas, fale a elas daquilo que lhes interessa e não daquilo que interessa a você. A amizade é alimentada pelo diálogo; que é uma troca de ideias em busca da verdade; muito diferente da discussão, que é uma luta entre dois, na qual cada um defende a sua opinião.
A verdadeira amizade não pode ser alimentada pela discussão, somente pelo diálogo.
Em vez de demonstrar exaustivamente que o amigo está errado, ajude-o a descobrir a verdade por si mesmo; isso é muito mais nobre e pedagógico.
Se você quiser agir sobre seu amigo, de verdade, para que ele mude, comece por amá-lo sincera e desinteressadamente.
A amizade também exige que se corrija o amigo que erra; mas devemos censurar os amigos na intimidade; e elogiá-los em público. Nada é tão nocivo a uma amizade como a crítica ao amigo na frente de outras pessoas; isso humilha e destrói a confiança. Nunca desista de ajudar o amigo a vencer uma batalha; não há nem haverá alguém que tenha caído tão baixo que esteja fora do alcance do amor infinito de Deus e do nosso socorro.
Uma amizade só é verdadeira e duradoura se é baseada na fidelidade. Cuidado, pois para magoar alguém são necessários um inimigo e um amigo: o inimigo para caluniar e um “amigo” para transmitir a calúnia.
(Trecho extraído do livro “Para ser feliz”)
Foto
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

Encontro vocacional - Recife/PE

Foi realizado, no dia 10/10/2010, encontro vocacional do Recife/PE, no qual celebramos a Festa do Nosso Pai Seráfico, São Francisco de Assis. Em um local priveligiado pela natureza, no Parque da Jaqueira, contemplando as mais belas obras do criador!